A volta do feriado vem acompanhada da repercussão da decisão monetária do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) ontem (01). Embora a decisão já estivesse praticamente “dada”, o discurso de alerta fica no radar dos investidores. Ainda lá fora, há dados de atividade industrial da zona do euro e, na agenda corporativa, há o resultado da Apple após o fechamento. Por aqui, o dia começa com o mercado acompanhando o balanço do Bradesco antes da abertura do pregão e os dados do setor externo de março.
O impacto da decisão do Federal Reserve
Ontem (01), o banco central norte-americano optou por manter os juros em patamares recordes, como já era esperado pelo mercado. No entanto, a autoridade monetária afirmou que a inflação “não teve progresso adicional”, o que levanta um sinal de alerta. Trocando em miúdos, o Fed deixa claro que ainda existem pressões inflacionárias que impedem o corte de juros, pelo menos por enquanto. Na entrevista que acompanha a decisão, no entanto, Jerome Powell, presidente do Fed, deixa claro que é improvável que o próximo passo do Federal Reserve seja o de subir os juros, o que traz certo alívio.
Repercussões nos mercados internacionais
Outro assunto do exterior que deve repercutir hoje são os dados do índice de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) da zona do euro. O indicador caiu de 46,1 em março para 45,7 em abril, segundo o Hamburg Comercial Bank e a S&P Global. Assim, o PMI industrial chegou ao seu menor nível em quatro meses. É importante lembrar que, quando fica abaixo dos 50 pontos, o indicador mostra retração. Do contrário, significa que há um crescimento da atividade. O resultado pode trazer mau humor para o pregão de hoje, já que mostra que a recuperação econômica da região segue patinando.
Análise do mercado nacional
Por aqui, o mercado começa o dia repercutindo o balanço do Bradesco, que mostrou um lucro recorrente de R$ 4,2 bilhões no primeiro trimestre, uma alta de 46,3% na comparação trimestral e queda de 1,6% em 12 meses.
O resultado deve se refletir não só nas ações do banco como nos demais papéis do setor financeiro.
Por fim, ainda na agenda do dia, ainda são esperados dados do setor externo de março, que devem ser divulgados às 8h30. Em fevereiro, as transações correntes do balanço de pagamentos tiveram um déficit de US$ 4,4 bilhões.
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